Arquivo do dia: 12/05/2011

Exercícios sobre Sistema ABO e fator Rh

Para continuar seu estudo sobre os grupos sanguíneos recomedo que voce faça a maior quantidade possível de exercícios sobre o tema, por isso estou postado uma lista de exercícios para ser baixado e links com mais atividades.

Bom estudos!!

Para baixar: http://pt.scribd.com/doc/55257047/Exercicos-sobre-Grupos-Sanguineos

Para acessar: http://www.coladaweb.com/exercicios-resolvidos/exercicios-resolvidos-de-biologia/grupos-sanguineos

Genética do sistema ABO e fator Rh

A Determinação Genética do Sistema ABO

A produção dos aglutinogênios A e B, e o grupo ao qual uma pessoa pertence, são determinados por uma série de 3 alelos múltiplos: IA, IB e i.

IA – determina a produção do aglutinogênio A

IB – determina a produção do aglutinogênio B

i – determina a ausência de aglutinogênios

Entre eles, há a seguinte relação de dominância: IA = IB> i entre os genes IA e IB não há dominância, mas ambos dominam o gene i.

Genótipos

Fenótipos

IA IA  ou   IA i

grupo A

IB IB  ou  IB i

grupo B

IA IB

grupo AB

i i

grupo O

A determinação genética do sistema ABO permite resolver uma série de problemas, como a identificação de crianças desaparecidas, a solução de casos de trocas de bebês em maternidades, casos de investigação de paternidade, etc. Vejamos dois exemplos:

Exemplo 1: Um homem do grupo A se casa com uma mulher do grupo B, e o primeiro filho desse casal pertence ao grupo O. Quais são os genótipos de todas as pessoas envolvidas e qual é a probabilidade de que esse casal venha ter um filho do grupo AB?

homem A X mulher B

filho O

Homens do grupo A podem ter genótipo  IA IA  ou IA i. Entretanto, como esse homem teve um filho do grupo O (genótipo ii), o seu genótipo só pode ser IAi. Usando o mesmo raciocínio, concluímos que essa mulher do grupo B possui
genótipo IB i.

A probabilidade de que esse casal venha a ter um filho do grupo AB (genótipo IAIB) é de 1/4 ou 25%.

Exemplo 2: Em uma maternidade, 2 casais tiveram filhos no mesmo dia e, por descuido da enfermagem, foram trocadas as pulseiras de identificação.

casal 1: homem A X mulher AB

casal 2: homem O X mulher B

criança X: sangue tipo O

criança Y: sangue tipo A

Qual criança é a verdadeira filha de cada casal?

A criança X não pode ser filha do casal 1, pois uma mulher de sangue AB (genótipo  IAIB) não pode ter filhos do grupo O (genótipo ii). Por outro lado, a criança Y não é filha do casal 2, porque ela tem sangue A (genótipo IA_), e nem o homem O nem a mulher B possuem o gene IA. Conclui-se que a criança X é filha do casal 2, e a criança Y é filha do casal 1.

A Determinação Genética do Sistema Rh

Vamos considerar, na herança do sistema Rh, apenas um par de genes alelos com dominância completa.

R – determina a produção do fator Rh

r – determina a ausência do fator Rh

R > r

Genótipos

Fenótipos

RR

rh positivo

Rr

rh positivo

rr

rh negativo

Sistema ABO e fator Rh de grupos sanguíneos-parte 01

Grupo sangüíneo ABO e fator RH

A descoberta do sistema de grupo sangüíneo ABO

Em 1900, final do Século 19, o imunologista austríaco, Karl Landsteiner, observou que o soro do sangue de uma pessoa muitas vezes coagula ao ser misturado com o de outra, descobrindo o primeiro e mais importante sistema de grupo sangüíneo existente no organismo: o ABO.

O sangue possui antígenos e anticorpos

Existem em nosso sangue certos tipos de glóbulos brancos, chamados linfócitos, cuja função é produzir proteínas especiais denominadas anticorpos. Quando microorganismos ou substâncias estranhas, denominadas genericamente antígenos, penetram em nosso corpo, os linfócitos entram em ação e passam a produzir anticorpos contra os invasores. Em geral, a reação do anticorpo com o antígeno acaba causando a destruição ou a inativação dos antígenos. Essa reação de defesa é fundamental para proteger nosso organismo contra o constante assédio de microorganismos causadores de doenças.

Incompatibilidade sangüínea no sistema ABO

Landsteiner percebeu que as hemácias ou glóbulos vermelhos do sangue podem ter, ou não, aderidos em suas membranas, dois tipos de antígenos, A e B, nos quais podem existir quatro tipos de hemácias:

• A: apresentam apenas antígeno A;
• B: apresentam apenas antígeno B;
• AB: apresentam antígenos A e B;
• O: não apresentam nenhum dos dois antígenos.

No plasma podem existir, ou não, dois tipos de anticorpos: Anti-A e Anti-B.
Assim:

• o indivíduo de sangue tipo A não produz anticorpos Anti-A, mas é capaz de produzir anticorpos Anti-B, uma vez que o antígeno B lhe é estranho;
• o indivíduo de sangue tipo B não produz anticorpos Anti-B, mas é capaz de produzir anticorpos Anti-A, uma vez que o antígeno A lhe é estranho;
o indivíduo AB não produz nenhum dos dois anticorpos pois os dois antígenos lhe são familiares;
• o indivíduo O é capaz de produzir anticorpos Anti-A e Anti-B, pois não apresenta em suas hemácias antígenos A e B.

A primeira transfusão precedida de exame de compatiblidade ABO foi realizada em 1907, por Reuben Ottenberg. No entanto, esse procedimento só passou a ser utilizado em larga escala a partir da Primeira Guerra Mundial (1914 – 1918).

O sistema de grupo sangüíneo Rh

Quase quatro décadas após a descoberta do sistema de grupo sangüíneo ABO, outro fato que revolucionou a prática da medicina transfusional foi a identificação, também em humanos, do fator Rh, observado no sangue de macacos Rhesus.

Na população branca, cerca de 85% das pessoas possuem o fator Rh nas hemácias, sendo por isso chamados de Rh+ (Rh positivos). Os 15% restantes que não o possuem são chamados de Rh- (Rh negativos).

Incompatibilidade sangüínea no sistema Rh

É importante conhecer o tipo sangüíneo em relação ao sistema Rh, pois também nesse caso podem ocorrer reações de incompatibilidade em transfusões de sangue.

Um indivíduo Rh negativo só deve receber transfusão de sangue Rh negativo. Caso receba sangue Rh positivo, haverá sua sensibilização e a formação de anticorpos Anti-Rh.

Eritroblastose fetal

Os anticorpos Anti-Rh são responsáveis por uma doença conhecida como eritroblastose fetal ou doença hemolítica do recém-nascido, que decorre da incompatibilidade sangüínea entre a mãe e o feto (ela Rh- e ele Rh+), resultando na destruição das hemácias do feto pelos anticorpos Anti-Rh produzidos pela mãe.

Transfusões sanguíneas

Quando uma transfusão sanguínea é realizada, pode ocorrer reação entre os aglutinogênios do doador e as aglutininas do receptor. Essa reação (ou aglutinação) seria responsável pelas manifestações observadas nas transfusões incompatíveis.

Podemos estabelecer um quadro de transfusões que podem ser realizadas:

Como as pessoas do grupo O não têm aglutinogênios, seu sangue pode ser doado para pessoas de qualquer outro grupo, pois seus glóbulos vermelhos não serão atacados. Essas pessoas são doadores universais. As pessoas do grupo AB, como não possuem aglutininas, são receptores universais e podem receber sangue de qualquer outro tipo sem que ocorra aglutinação significativa.